domingo, 5 de dezembro de 2010

O testemunho da velhinha

Numa cidade do interior, o Promotor de Justiça chama sua primeira testemunha, uma velhinha de idade bem avançada e, para começar a construir uma linha de argumentação, o Promotor pergunta à velhinha:

- Dona Genoveva, a senhora me conhece? Sabe quem sou eu e o que faço?

- Claro que eu conheço, Vinicius! Eu conheci bebê, seus pais só choravam, deve ser pelo pintinho pequenino que você tinha. E, francamente, você me decepciona: você mente, você trai sua mulher, você manipula as pessoas, você espalha boatos e adora fofocas. Você acha que é influente e respeitado na cidade, quando na realidade você é apenas um coitado, nem sabe que a filha esta grávida, e pelo que sei, nem ela sabe quem é o pai. Eu te conheço e conheço muito bem!

O Promotor fica petrificado, incapaz de acreditar no que tinha acabado de ouvir. Ele fica mudo, olhando para o Juiz e para os jurados e sem saber o que fazer, quando aponta para o advogado de defesa e pergunta à velhinha:

- E o advogado de defesa, a senhora o conhece?
A velhinha responde imediatamente:

- O Robertinho? É claro que eu o conheço! Desde criancinha. Eu cuidava dele para a Neide, pois sempre que o pai dele saía a mãe se encontrava com o amante. Ele também me decepciona: é preguiçoso, puritano, alcoólatra e sempre quer dar lição de moral nos outros sem ter nenhuma para ele. Ele não tem nenhum amigo e ainda conseguiu perder quase todos os processos em que atuou. Além de ser traído pela mulher com o mecânico, logo com o mecânico!

Neste momento, o Juiz pede que a senhora fique em silêncio, chama o promotor e o advogado perto dele, se debruça na bancada e fala baixinho aos dois:

- Se algum de vocês perguntar a esta velha filha da puta, se ela me conhece, vai sair desta sala preso! Fui claro?

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